quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Innsbruck


Saímos cedo para Innsburuck, que fica na Áustria, na intenção de colocar mais uma bandeirinha em nossa mochila. Como sempre, não sabíamos como seria nosso dia de aventura.

Ao costear os alpes, vimos o primeiro rio, que tem uma água verde claro linda demais. A paisagem é maravilhosa, como já esperávamos. A língua oficial é o alemão, que eu continuo sem entender. Mas, mesmo assim, somos teimosos e paramos nos postos de informações para tentar extrair alguma coisa.

Eis que, após copiarmos os endereços dos locais a serem visitados – nossa guia que narra o caminho indicado pelo GPS do carro, que coincidentemente se chama Dil, nos leva - um policial nos chama.... Suspense... Pela primeira vez tivemos que apresentar passaportes, permissão para dirigir e documento do carro. Aqueles segundos que insistem em passar devagar, as perguntas que não querem calar – será que está tudo certo? será que? será que? - Adivinha???

É claro que não estava! Dois brasileiros, um de origem alemã a outra de origem luso-italiana – hospedados na Alemanha, visitando a Áustria, dirigindo um carro japonês e falando apenas inglês, não podia estar tudo certo...

Descobrimos que precisávamos de um selo para circular na Áustria, o qual eles insistem em chamar de pedágio e o qual esperávamos passar na casinha pra pagar. Como isto não aconteceu, acabamos sendo multados em 120 Euros.

A vontade já era de voltar pra Alemanha, onde nos sentimos em casa, mas decidimos seguir. Ainda bem!




Visitamos a fábrica da Swarovski e eu fiquei maravilhada! As fotos ficaram espetaculares, com muuuuuuuuuito brilho. Fomos no calçadão e no Alpen Zoo.

Tá bom, eu sei que a gente sempre vai no Zoo, mas este é bem diferente daquele de Curitiba, porque tem bichos que nunca vimos e nunca mais vamos ver. Valeu a pena pelos ursos, castores e lontras.


O simpático amigo urso


Com a proximidade dos bichinhos, acabamos matando um pouco a saudade dos nossos piás, que estão nos esperando em Igrejinha. Saudades...

GARMISCH E ZUGSPITZE - Tchüss Alemanha, infelizmente...


Vinha eu dormindo no carro, logo após visitarmos o Campo de Concentração de Daschau, no qual eu suspendi a desagradável visita na metade e o Kaká seguiu sozinho, quando fui acordada pelo meu companheiro: Olha os alpes Amorza!!! Imediatamente fiquei sem fôlego. Era só o começo...


Esta foi a primeira vista dos alpes. Se soubesse o que estava por vir, nem tinha "queimado uma pose".

Garmisch é uma cidadezinha no sul da Alemanha – talvez a última antes da Áustria – na qual viemos para ver os alpes e subir de teleférico num dos mais altos, o Zugspitze (já sei até escrever em alemão, mas pronunciar é impossível. O Kaká acha engraçado, mas na Itália eu me vingo).

Kaká fazendo pose antes de embarcar no teleférico

Almoço levinho no Zugspitze - wurst, batatas fritas e pretzel

Para variar, procuramos primeiramente um hostel. Achamos um, barato – 80 Euros - super luxuoso e estamos bem hospedados para iniciar a exploração da região.


Nosso Hostel cinco estrelas



Dachau

Quando saíamos de Munique, em direção a Dachau, encontramos o Allianz Arena. Era dia de jogo do 1860 Munique contra algum outro time tão ou mais desconhecido. Por isto não pudemos entrar no estádio. E olha que nem parecia dia de jogo.


Não, só jogo nas quartas à noite. Obrigado. Não quero jogar aí.

Dachau é um dos diversos campos de concentração nazista que foram utilizados durante a segunda guerra. É um lugar silencioso, cinza e de um clima ruim. Aí algumas fotos.


Igrejinha Alemã II

MÜNCHEN

Já dizia o Führer que “quem não conhece Munique não conhece a Alemanha”. A cidade estava lotada e o mais incrível, muita, mas muita gente vestindo trajes típicos. Fomos até o Parque da Oktoberfest para nos ambientar e ver como o troço funciona.
No outro dia, fomos conhecer os pontos turísticos:


Hofbraunhaus. Isso que é chopp, sem muita dança.


Marienplatz



Parque Olímpico. Olímpico é comigo mesmo!


Bem estudado o mapa, bem ambientados, sentimos que faltava algo. O traje típico! Ah, vamos comprar um. Na Talstrasse existem algumas lojas. Lá mesmo providenciamos. Depois de ser xingado umas 20 vezes entendi: traje BÁVARO é de couro! A loja estava uma loucura, como toda a cidade. Quer experimentar bermuda? Tira a roupa aí mesmo! No meio de todo mundo. Ora, é um traje BÁVARO, sua boneca.


Olha o Bávaro te espiando!


Os bávaros são pequenos e delicados...

Depois disso, direto pra Oktoberfest.

Parque da Oktoberfest.


Lá encontramos o Rosca, que conseguiu liberação do grande ditador búlgaro para sair do país. Olha o tipo.....



Mas aqui o troço é o seguinte: quer beber? Dá um jeito de entrar num dos pavilhões, o que é beeeeem complicado. Quer pedir cerveja? Tem que estar sentado. Depois disso....bom aí é como em qualquer outro lugar!
O engraçado é que tu senta na mesa e encontra tudo que é tipo de gente. Conversamos com alemães, brasileiros, gregos (tentei convencer ele a dançar como o Niko Petrakis, mas ele não quis), turcos e tudo o mais.
Valeu, divertido. Valeu a pena encontrar o Roger e conhecer o Guilherme, outro búlgaro. Ah, Guilherme: quando precisar de um advogado NO BRASIL, me liga.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Igrejinha Alemã I

Sempre existem brasileiros espalhados pelo mundo. Mas igrejinhenses, nem tanto. Fomos ao encontro da Neiva, brasileira e igrejinhense que mora há anos na Alemanha, em Rennerod. Fomos recebidos por ela e por seu marido Ralf. Ficamos hospedados na casa deles. Fantástica! O pátio é digno de filme. Toda ela bem acabada e perfeita. Já estava tudo excelente, porém a surpresa ainda estava por vir: magnífica janta de frios e quitutes alemães, regados a vinho e cerveja de trigo. Credo!





Pena que tivemos que seguir adiante para o sul. Apesar da perfeita recepção (até nos alongamos demais e, provavelmente estragamos a manhã seguinte que para eles era de trabalho) tivemos que ir em direção à Oktoberfest!

Claro, antes conhecemos o centro de uma cidade próxima, Limburg, que é exatamente o que se espera de uma cidade alemã.


Isso é a Alemanha, não é Pareci Novo



DANKE SCHÖN NEIVA UND RALF!

Koblenz e Köln

Seguimos o caminho para Koblenz. Aqui conhecemos a Deutsches Eck, a esquina alemã. Povo que gosta de um rio só poderia criar um ponto turístico quando dois dos principais rios da Alemanha se encontram: o Reno e o Mosela. Aliás, também os vales são assim divididos. Castelo nesta região é mato! Ainda encontramos umas praças e restaurantes interessantes. Valeu uma bela refeição, apesar da imensa dificuldade em fazer o pedido...




O encontro do Rio Negro com o Solimões na Europa!




À noite seguimos para Koln, onde está a catedral gótica famosa. Também pudera, a construção dela iniciou em 1248 e só foi concluída 1880. Seis séculos de construção! E pensar que seis meses de reforma em casa são intermináveis...O resultado é espantoso, o troço é enorme.




Ainda em Colônia, DE NOVO a grande dificuldade para fazer o pedido. Acho que paramos em um bar gay. O pessoal era meio diferente. Queríamos carne de gado para comer e o cardápio era todo em alemão. O garçom acho que era turco, porque mal falava alemão, que se dirá de inglês. Mas, tratou de chamar um cara que falava inglês. Detalhe: era vegetariano. Puta que pariu. Eu já não sei bem o que pedir, tampouco como falar em inglês e ainda ter que explicar prum vegetariano? O analista de Bagé iria ter muito trabalho...

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Noticias dos trotamundos

Hoje, 29 de setembro, estamos num hostel no sul da Alemanha!

Ja fomos pra Austria e amanha partiremos para a Suica.

Estou no computador publico, com teclado em alemao, entao nao reparem nos erros.

Este post e apenas para dizer que esta tudo otimo e que mandaremos noticias dos lugares visitados e as fotos em breve: assim que acharmos um hotel com wireless.

Beijos e abracos

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Trânsito

Uma das experiências que estava ansioso era dirigir numa Autobahn.
O trânsito todo é muito organizado. Não há ninguém fazendo retorno onde não pode. Sabe aquele miguézinho de manobrar em qualquer lugar? Aqui não existe. Pedestre e, pasmem, ciclistas, são quase sagrados! Todo mundo pára por eles.

As autoestradas são interessantes. Alguns lugares o limite é 100km/h, outros 130km/h e todos obedecem. Noutros trechos a velocidade é praticamente liberada. Mas, se tiver obras na pista e existirem placas de 80km/h e 60km/h, TODOS (inclusive o mané do Porsche Carrera. Odeio Porsche, são horríveis!hehehehe) vão obedecer. E, incrível, se todo mundo anda do mesmo jeito não dá tranqueira!!!!!!!! Simples, né?


Pode tomar chimarrão e dirigir???


Procura um buraco, procura!

Aqui não tem magalão te passando pela direita, não tem neguinho colando na traseira, muito menos dando sinal de luz pra tu sair da frente. Mas, confesso, diversas vezes estava a 140km/h e tive que dar lugar pros caras passarem. Merdas de Porsche...

Ah, tenho que registrar. O GPS é irritantemente perfeito e seguro. Quanto à sinalização....não entendo nada. Só tomo cuidado para não entrar de carro nos calçadões, o que já é uma grande coisa.

Trier

Chegamos à Alemanha por Trier. Coisa impressionante, o trem atrasou 3min e.....putz, como é o nome do profissional que faz o trem funcionar?????

()motorista
()maquinista
()comandante
()capitão
()tio
()brother
()camarada


Sei lá, o cara que fazia o trem funcionar pediu copiosas desculpas.

Na Central Station pedimos informações sobre hostel. Extremamente bem atendidos, com extensas explicações. Me lembrei da Rodoviária de Taquara....Fomos ao hostel esperando nada e encontramos um lugar show de bola, muito simpático.



À noite andamos pela cidade e conhecemos a Porta Nigra, um dos pontos turísticos mais importantes. Trier é a cidade mais antiga da Alemanha e ainda existem resquícios do tempo que os romanos andaram por aqui.



É uma cidade extremamente silenciosa. Mas, como tinha jogo do time da cidade, tinha "uma meia dúzia de três ou quatro" cantando uma música muito criativa para empurrar a equipe homônima: EINS, ZWEI, TRIER. Repetidas vezes.

Mas não atrapalhou o sono. No outro dia, fomos conhecer nossos novos companheiros de aventura. O i30 e o GPS


i30 da Hiunday. Coisa triste andar de carro asiático na Alemanha....



O irritante perfeccionista do GPS


Já acostumados com os novos companheiros, pegamos a estrada em direção à Koblenz.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Como conhecer Bélgica e Luxemburgo em menos de 24h...




Embarcamos no tram às 12h54min do dia 21/09 e após 3h de viagem chegamos em Bruxelas - Bélgica, na expectativa de conhecer uma cidade luxuosa e permanecer por dois dias.

Ao sair da Central Station - todas as cidades tem uma central, que é tipo uma rodoviária, de onde partem os trens, metrôs e ônibus - tivemos a impressão de estar numa grande metrópole, movimentada, poluída e barulhenta.

As mochilas pareciam estar mais pesadas do que na Holanda, estávamos com fome, enfim... pensamos que iria melhorar. Não melhorou!

Não vimos nenhum canário belga, tampouco comemos couve de Bruxelas e o maneken pis - estátua do boneco mijando - era do tamanho de um anão de jardim.




Em compensação, comemos muita batata frita com maionese num cone de papel, waffles deliciosos e chocolates. Caminhamos muito.

Tá bom, visitamos lugares bonitos - praças, museus, palácio real - mas comparados a Amsterdã, não agradaram. Que vontade de voltar.


Tentamos ficar num hostel, mas não tinha vagas. Acabamos ficando num hotel modesto.
Ah, que bom, tinha TV, artigo raro na última semana. Uma pena que os programas e filmes eram em holandês ou francês - as duas línguas oficiais da Bélgica. Não fosse isto, teríamos assistido.

No dia seguinte, renovados depois de uma pizza e uma noite de sono, parece que o humor melhorou. Pegamos o metrô, sem pagar - ninguém paga - e fomos visitar o Atomium e a Mini Europe, no subúrbio. Foi divertido e tiramos umas fotos legais, mas logo voltamos para buscar as mochilas e partir pra Luxemburgo, onde chegamos após mais 3h de trem.




Neste pequeno país, permanecemos por apenas 2h, quando desistimos de procurar hotel devido à semelhança com Bruxelas, mais a agravante de além de falarem holandês e francês, ainda tem o luxemburguês. Estamos de férias, queremos lugares tranquilos para descansar e Luxemburgo definitivamente não é este lugar.


Num impulso, compramos mais dois tickets de trem que sairiam em seguida, desta vez para a Alemanha, com a certeza de que as coisas iriam melhorar...

Amsterdã ficou pra trás...



Em nosso último dia em Amsterdã, acordamos um pouco mais tarde. Tínhamos apenas que tomar café, devolver nossas bicicletas e fazer check out as 11h.
Como de costume, os cinco minutinhos na cama falaram mais alto e acabamos nos atrasando.

Eis que, pontualmente às 11h, uma holandesa parruda desce as escadas e, num holandês incompreensível, praticamente nos expulsa da nossa houseboat. Osório, nosso hostess brasileiro explica que é assim mesmo, não tem jeitinho brasileiro de resolver as coisas. Então, nos despedimos e resolvemos seguir viagem.

Assim, rumamos com nossas pesadas mochilas à Central Station.
Amsterdã ficou pra trás, nosso próximo destino é Bruxelas, na Bélgica.




domingo, 20 de setembro de 2009

I amsterdam

Ontem estávamos a pé e caminhos muito. Visitamos o Madame Tussaud (www.mademetussauds.com/amsterdam), tradicional museu de cera, onde encontramos alguns famosos.


Greice e Hopkins batendo um papo....

Além disso, visitamos um Ice Bar (www.xtracold.com), onde os caras se orgulhavam de servir Heineken a 0°! Putz, até em casa em faço melhor! Bom, mas aqui eles tomam quente mesmo. Fazer o quê? Claro que o mané aqui passou frio. Tava de bermuda a - 15°C.

Tem umas coisas estranhas aqui. Se tu quer comer, tens que ir prum eetcafé; se quiser beber, vá a um café; mas se quiser outras coisas vá a um coffeeshop. Neste último vendem aquela erva, sabem? Mas não vendem álcool. No segundo, vendem álcool e não outras cositas mas.....

Andamos pelo Distrito da Luz Vermelha. Tentei tirar algumas fotos, mas me senti um criminoso, já que é proibido. Até andaram gritando alguma coisa num holandês incompreensível.

Pegamos um dos bondes que circulam por toda a cidade. Porém, hoje descobrimos que a melhor maneira - e mais divertida - de se conhecer Amsterdam é de bicicleta. Tu pode alugar uma em qualquer canto. As de freio de mão são mais caras, porque a maioria é freio no pé, como aquelas Barra Circular que tanto conhecemos. A cidade é cheia de ciclovias, em ótimo estado, bem sinalizada e todos respeitam as bicicletas. O difícil é tu te habituar às "camadas" de trânsito. Primeiro a calçada, segundo ciclovia, terceiro para bondes, carros e ônibus.




Aliás, hoje foi o dia de Amsterdam sem carro. Ninguém circulava na cidade de veículos. E adivinha....tinha maratona. A largada foi em frente à nossa casa (ou seria na popa)???

Visitamos novamente o Red Light District, a casa de Anne Frank, fizemos uma farofa em um dos parques da cidade, entre o Museu Van Gogh e o Riijksmuseum, visitamos o Vondelpark, o Jordaan, fomos de novo ao onipresente supermercado Albert Heijn e preparamos nossa janta no nosso barco.

Estamos preparando nossas coisas para deixar a cidade e a nossa houseboat. Aliás, ficamos sabendo que ele foi construído em 1901 e era um barco de pesca. Onde é o banheiro hoje, era depósito de bacalhaus.....



sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Diário de bordo - Isso é uma loucura!

















Chegamos em Amsterdam!
Esperavamos um choque cultural ao desembarcarmos, mas foi muito diferente...
Em menos de 24h, já nos tornamos nativos.
Estamos hospedados numa casa barco e por isso escrevo o primeiro diário de bordo.

Não pretendo usar este espaço para publicar fotos de pontos turísticos ou escrever sobre as coisas comuns de Amsterdam, como a permissão de consumir maconha e a prostituição legalizada - quem quiser conhecer, "joga no google" - mas sim relatar a experiência de dois viajantes, que não querem ser chamados de turistas.

É com esta intensão que estamos aqui, sem roteiro definido, de mochila - sim amigos, acreditem, deixei todos meus scarpins em casa e não surtei ao ver a placa: duty free - tomando heineken em qualquer esquina, fumando Pall Mall, andando a pé, sem muita grana pra gastar e fazendo comida em casa, ou melhor, no nosso barco, como mostra a foto.















Estamos muito bem e maravilhados com a cidade. O inglês já não tem mais graça, o grande lance é entender holandês. Fazer compras no supermarket foi complicadíssimo por não entendermos os rótulos.

Amanhã alugaremos uma bicicleta e vamos ver onde os ventos nos levam.

Um beijo para todos, especialmente para meus pais, que aguardam ansiosamente um telefonema...